Heleno diz que Amazônia é terra problema e critica líderes europeus

Heleno diz que Amazônia é terra problema e critica líderes europeus
Heleno diz que Amazônia é terra problema e critica líderes europeus

Heleno diz que Amazônia é terra problema e critica líderes europeus. O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, afirmou nesta segunda-feira (11) que a Amazônia “é uma terra problema” e voltou a criticar indiretamente líderes europeus ao comentar sobre o desmatamento na região.

“A Amazônia Legal tem mais de 5 milhões de quilômetros quadrados. A Europa inteira cabe na Amazônia Legal. Tudo na Amazônia é grandioso. Um dos grandes problemas para a fiscalização na região são os meios de transporte”, disse, quando questionado sobre o aumento de desmatamento na região.

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontam que os alertas de corte raso de floresta, alheios à pandemia do novo coronavírus, voltaram a apresentar alta no mês de abril em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram derrubados 405,61 km² de floresta entre 1º e 30 de abril, ante 247,39 km² no mesmo período de 2019 – uma alta de 64%.

“Quando se fala em presença, precisaríamos de um efetivo muito maior, de um gasto muito maior. O grande segredo é como otimizar recursos e meios diante de uma área gigantesca, onde há um vazio de presença humana, seríssimos problemas não só de ambiente. Então a Amazônia é uma terra problema, e o Brasil precisa encarar isso com muita coragem, determinação e também bom-senso”, acrescentou Heleno.

“A gente não pode aceitar essa pecha de vilões. Se eles estivessem aqui, talvez não conseguissem fazer isso, porque não conseguiram impedir que as suas florestas fossem devastadas e agora querem ensinar a gente a preservar a Amazônia”, afirmou, em referência indireta a líderes europeus.

O Brasil foi protagonista de um embate climático mundial no ano passado por causa do aumento do desmatamento na região amazônica. As críticas e ofensas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) surgiram em resposta à sua condução para conter as queimadas, tema que entrou na pauta principal do encontro do G7, grupo das sete maiores economias do mundo. Na ocasião, o Inpe apontou aumento de 84% de incêndios florestais em 2019 em comparação com 2018.

Nesta segunda, Heleno reconheceu que conter o desmatamento e as queimadas “não é uma tarefa fácil”. “A Amazônia é, sem dúvida, um grande futuro pro Brasil, mas é preciso tratar a Amazônia com respeito, veneração, dedicação e, principalmente, bom-senso. Não é uma tarefa fácil, é uma tarefa para grandes homens e é isso que a gente tem que ter na cabeça”, argumentou.

As afirmações dadas por Heleno ocorreram durante coletiva de imprensa, convocada pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, para atualizar os dados da operação Verde Brasil 2, iniciada nesta segunda-feira (11) pelas Forças Armadas, para combater o desmatamento e focos de incêndio na Amazônia Legal.

A operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) foi autorizada pelo presidente Bolsonaro. Batizada de Verde Brasil 2, a GLO foi iniciada em Pará, Rondônia e Mato Grosso. As ações, coordenadas por Mourão, irão até o dia 10 de junho.

Mourão informou que a segunda operação contou com o auxílio de 3.800 homens, 110 viaturas, 20 embarcações e 12 aeronaves. Segundo o vice-presidente, a ação tem o custo inicial de R$ 60 milhões.

Participaram da coletiva os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), André Mendonça (Justiça), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação).

“Há a necessidade de avançar em quatro temas: regularização fundiária, zoneamento, pagamento de serviços ambientais e agenda da bioeconomia”, argumentou Salles. O ministro do Meio Ambiente defendeu, também, o papel do Ibama e ICMbio no combate às irregularidades registradas na região.

Fonte: noticias.r7.com

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