Pandemia e auxílio emergencial fazem brasileiro beber mais cerveja
Com a pandemia do novo coronavírus e os pagamentos do auxílio emergencial, a indústria cervejeira nacional passou por um ano diferente em 2020.
O consumo da bebida aumentou 0,7% no Brasil no ano passado, em comparação com 2019 – mesmo com bares e restaurantes fechados ou atendendo clientes com limitações durante boa parte do período.
O crescimento faz parte de estimativa da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil). Em entrevista à CNN Brasil, Paulo Petroni, presidente da CervBrasil, disse que o resultado “foi um susto positivo” para os empresários. Alguns ajustes, no entanto, foram necessários.
Antes da pandemia, 60% do consumo de cervejas era registrado em garrafas retornáveis. Por causa do distanciamento social, houve uma inversão: 30% das vendas foram de garrafas retornáveis, enquanto os outros 70% foram comercializados em embalagens descartáveis.
Essa mudança no comportamento do consumidor trouxe também problemas para o setor. Os fornecedores de latinhas, por exemplo, estavam sem estoque da embalagem e o fornecimento só voltou a ao normal em janeiro deste ano, quando as vendas de cerveja diminuíram.
Petroni destaca que as vendas diminuíram justamente depois que o governo parou de pagar as parcelas do auxílio emergencial. Durante o segundo semestre de 2020, época em que a maior parte do auxílio foi pago, as vendas de descartáveis foram bem mais intensas, explicou.
(*) Da redação da Menu, com IstoÉ Dinheiro
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Fonte: Revistamenu