Relatório da CIA previu possibilidade de pandemia do coronavírus, diz livro de historiador
Um relatório da agência de inteligência CIA, dos Estados Unidos, divulgado em livro em 2009, já previa a possibilidade de uma pandemia viral global que teria início na China, e para cujos efeitos os países estariam despreparados.
Circulam nas redes trechos do livro “O novo relatório da CIA”, de autoria do historiador francês Alexandre Alder, editado em Portugal pela Editorial Bizâncio. A previsão é tão certeira que cita especificamente a possibilidade de uma mutação do coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).
Na obra, está registrada a possibilidade de “aparecimento de uma nova doença respiratória humana virulenta, extremamente contagiosa, para a qual não existe tratamento adequado, poderá desencadear uma pandemia mundial”.
Segundo o site português Visão, o relatório com a previsão faz parte de um estudo mais amplo, assinado por 25 especialistas internacionais do National Intelligence Council para a CIA.
“O aparecimento de uma pandemia depende da mutação genética natural, da recombinação de estirpes virais já em circulação ou ainda na irrupção de um novo fator patogênico na populaça humana. As estirpes altamente patogênicas da gripe das aves, como o H5N1, são candidatos prováveis a este tipo de transformação, mas outros agentes, como o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave e diversas estirpes da gripe possuirão as mesmas propriedades” (tradução portuguesa).
“Se se declarar uma zona pandêmica”, continua o relatório, “será sem dúvida numa zona de forte densidade populacional, de grande proximidade entre seres humanos e animais, como acontece na China e no Sudeste Asiático”.
“A doença tardaria a ser identificada se o país de origem não dispusesse de meios adequados para a detetar. Seriam necessárias semanas para os laboratórios fornecerem resultados definitivos confirmando a existência de uma doença suscetível de se transformar em pandemia.”
O cenário de contágio global já estava previsto. “Apesar de se restrições às deslocações internacionais, viajantes com poucos ou nenhuns sintomas poderiam transportar o vírus para outros continentes. Os doentes seriam cada vez mais numerosos, aparecendo novos os casos todos os meses.”
A projeção das consequências é sombria. “Se essa doença surgir até 2025, não deixarão de se propagar tensões e conflitos internos e transfronteiriços. Com efeito, as nações esforçar-se-ão, com capacidades insuficientes, para controlar os movimentos das populações de modo a evitar a infeção ou a preservar o seu acesso aos recursos naturais.”
Fonte: Conjur